segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ENAPRE

Neste final de semana vivi a experiência, nada agradável, de fazer a Prova do EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO, o tão conhecido e temido ENEM. Recentemente, a prova se tornou a principal porta de entrada nas Universidades Brasileiras, por isso a cada ano milhares de candidatos precisam prestar o Exame, que ao meu ver deveria trocar de nome pra ENAPRE- EXAME NACIONAL DA PACIÊNCIA E RESISTÊNCIA ESTUDANTIL.

Responder 90 questões por dia, ou melhor, por tarde, faz qualquer um ficar cansado, impaciente e consequentemente sem condições pra raciocinar como deveria. Chegando ao fim da prova é impossível ler com a atenção e o cuidado necessários pra analisar as questões. Veja no caso do 2º dia de provas, após fazer a redação e responder 40 questões de Língua Portuguesa, e 05 de língua estrangeira, ainda restavam 45 questões de matemática! Isso mesmo, 45 questões onde seria indispensável um bom raciocínio, quando na verdade você já não aguenta nem ler mais nada...


Fico imaginando se os responsáveis pela elaboração da prova, já sentaram um dia pra resolvê-la... Uma avaliação nesses moldes é um desrespeito com os professores que fazem o possível pra preparar seus alunos da melhor maneira possível e com os próprios alunos que precisam fazer um esforço descomunal pra conseguir chegar até ao fim com condições ao menos de ler de maneira satisfatória o enunciado das perguntas. Converse com alguém que encarou a maratona do ENEM nos últimos anos e pergunte se a pessoa conseguiu resolver de verdade as últimas questões, ou, se acabou indo na base do chute após ser vencida pelo cansaço?

Ao invés de se preocuparem tanto com assuntos como qual será o tema da Redação do próximo ano, os profissionais da Educação deveriam procurar maneiras de reivindicar uma reformulação da Prova, pra torná-la mais justa e coerente.

Quantidade não é qualidade!

É hora de rever conceitos...