quinta-feira, 31 de outubro de 2013
O que eu também não entendo
Se eu pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terás que entender
Aquilo que nem eu sei...
Fernando Pessoa
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
A vida que ninguém vê
Horários a cumprir, trabalhos pra entregar, tarefas para fazer, prazos que não podem esperar. A rotina na maioria das profissões, hoje em dia, costuma ser pesada e o tempo é um artigo cada vez mais escasso.
Se a vida moderna acelerou o cotidiano dos profissionais de modo geral, o que dizer então do universo do jornalismo, que historicamente sempre foi uma das profissões mais “estressantes”, afinal a notícia não pode esperar, ainda mais em tempos de internet...
Porém ao ler “A vida que ninguém vê” da premiada jornalista gaúcha Eliane Brum, descobri que o jornalismo pode ir muito mais além da busca por se cumprir um deadline. A obra consiste na reunião de crônicas-reportagens publicadas aos sábados no Jornal Zero Hora de Porto Alegre em 1999, na coluna que levava o mesmo nome do livro.
Eliane nos faz viajar por universos de pessoas comuns, as mais humildes possíveis, que passam despercebidas ao nosso olhar em meio à correria das grandes cidades. Histórias de cidadãos como o senhor Adail que trabalhou mais de 35 anos no aeroporto Internacional de Porto Alegre, carregando as malas de passageiros com os mais variados destinos, sem nunca ter cruzado o céu do Rio Grande...
São várias sensações que sentimos ao ler “A vida que ninguém vê”, além de emoção, sentimos indignação, tristeza, alegria, esperança e também identificação, afinal, os personagens são reais e a qualquer esquina tendo um olhar mais atento, podemos nos deparar com um deles.
E é exatamente sobre esse olhar mais atento que gostaria de falar agora. Eliane Brum é uma jornalista com uma sensibilidade rara, daquelas que tem um olhar aguçado para enxergar a poesia que existe na rotina. A sua busca é exatamente sobre o contrário do que prega o jornalismo tradicional, como ela mesmo diz usando um dos clichês mais clássicos da profissão: “Eu sempre me interessei mais pelo cachorro que morde o homem do que pelo homem que morde o cachorro – embora ache que essa seria uma história e tanto”.
O resultado é um trabalho profundo e original, que faz com que nosso olhar mude se tornando mais atento também, afinal há muita vida que passa despercebida que precisa ser vista.
Se a vida moderna acelerou o cotidiano dos profissionais de modo geral, o que dizer então do universo do jornalismo, que historicamente sempre foi uma das profissões mais “estressantes”, afinal a notícia não pode esperar, ainda mais em tempos de internet...
Porém ao ler “A vida que ninguém vê” da premiada jornalista gaúcha Eliane Brum, descobri que o jornalismo pode ir muito mais além da busca por se cumprir um deadline. A obra consiste na reunião de crônicas-reportagens publicadas aos sábados no Jornal Zero Hora de Porto Alegre em 1999, na coluna que levava o mesmo nome do livro.
Eliane nos faz viajar por universos de pessoas comuns, as mais humildes possíveis, que passam despercebidas ao nosso olhar em meio à correria das grandes cidades. Histórias de cidadãos como o senhor Adail que trabalhou mais de 35 anos no aeroporto Internacional de Porto Alegre, carregando as malas de passageiros com os mais variados destinos, sem nunca ter cruzado o céu do Rio Grande...
São várias sensações que sentimos ao ler “A vida que ninguém vê”, além de emoção, sentimos indignação, tristeza, alegria, esperança e também identificação, afinal, os personagens são reais e a qualquer esquina tendo um olhar mais atento, podemos nos deparar com um deles.
E é exatamente sobre esse olhar mais atento que gostaria de falar agora. Eliane Brum é uma jornalista com uma sensibilidade rara, daquelas que tem um olhar aguçado para enxergar a poesia que existe na rotina. A sua busca é exatamente sobre o contrário do que prega o jornalismo tradicional, como ela mesmo diz usando um dos clichês mais clássicos da profissão: “Eu sempre me interessei mais pelo cachorro que morde o homem do que pelo homem que morde o cachorro – embora ache que essa seria uma história e tanto”.
O resultado é um trabalho profundo e original, que faz com que nosso olhar mude se tornando mais atento também, afinal há muita vida que passa despercebida que precisa ser vista.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Feliz Ano Velho
Como alguém que passa pelo momento mais difícil de sua vida, pode nos fazer rir? Descubra a resposta lendo o livro “Feliz Ano Velho” de Marcelo Rubens Paiva. Marcelo escreveu a obra um ano depois de sofrer o acidente que o deixaria paraplégico (palavra que ele particularmente odeia). rs
Durante o livro viajamos junto com o autor sobre seu universo particular. O próprio título: “Feliz Ano Velho” diz muito sobre o texto. Marcelo sofreu o acidente em dezembro de 1979. Os dias passaram e o um ano novo e uma nova década começaram, mas tudo o que ele queria era que o relógio parasse e ele pudesse voltar no tempo pra não dar aquele infeliz mergulho que mudou sua vida pra sempre.
Marcelo nos faz reviver junto com ele seus momentos de maior emoção e aventura vividos na sua curta, mas intensa vida, de rapaz de 20 anos, nos rebeldes e saudosos anos 70. Aprendemos junto com ele a olhar o mundo sobre a visão de quem tem que se acostumar a conviver com a realidade de ter a cadeira de rodas como companheira inseparável.
No próprio livro ele diz não querer ser um exemplo pra ninguém, mas pra mim acabou sendo, porque achei fantástica a maneira como ele encarou as adversidades, como conseguiu ter um senso de humor tão grande em meio a uma rotina tão dura de internações e adaptações. Talvez essa força toda seja explicada pelo amor que ele tinha pela vida, então, apesar de estar contrariando a sua vontade vou dizer que ele é um exemplo sim, de alegria, especialmente.
Se você ainda não embarcou nessa viagem no mundo do jovem Marcelo, te recomendo que pegue carona com ele o mais rápido possível! ;)
Durante o livro viajamos junto com o autor sobre seu universo particular. O próprio título: “Feliz Ano Velho” diz muito sobre o texto. Marcelo sofreu o acidente em dezembro de 1979. Os dias passaram e o um ano novo e uma nova década começaram, mas tudo o que ele queria era que o relógio parasse e ele pudesse voltar no tempo pra não dar aquele infeliz mergulho que mudou sua vida pra sempre.
Marcelo nos faz reviver junto com ele seus momentos de maior emoção e aventura vividos na sua curta, mas intensa vida, de rapaz de 20 anos, nos rebeldes e saudosos anos 70. Aprendemos junto com ele a olhar o mundo sobre a visão de quem tem que se acostumar a conviver com a realidade de ter a cadeira de rodas como companheira inseparável.
No próprio livro ele diz não querer ser um exemplo pra ninguém, mas pra mim acabou sendo, porque achei fantástica a maneira como ele encarou as adversidades, como conseguiu ter um senso de humor tão grande em meio a uma rotina tão dura de internações e adaptações. Talvez essa força toda seja explicada pelo amor que ele tinha pela vida, então, apesar de estar contrariando a sua vontade vou dizer que ele é um exemplo sim, de alegria, especialmente.
Se você ainda não embarcou nessa viagem no mundo do jovem Marcelo, te recomendo que pegue carona com ele o mais rápido possível! ;)
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