domingo, 19 de janeiro de 2014

Viajar é preciso


Aproveitando que estamos em janeiro, em ritmo de férias, gostaria de compartilhar com vocês a experiência da viagem que tive no verão passado. Em 2011 me matriculei em um curso de idiomas, e a língua escolhida foi o espanhol, que sempre foi meu idioma estrangeiro favorito. Através do curso tive a oportunidade de me aprofundar nessa língua tão querida, e descobri que aprender um novo idioma é muito mais do que simplesmente conhecer suas regras gramaticais ou saber como formular as perguntas básicas para se virar nas mais diversas situações.
Aprender um novo idioma é conhecer também sobre a cultura, história e hábitos de outro país. E sem dúvida não há maneira melhor de conhecer um pouco mais sobre todos esses aspectos do que viajando. No caso do espanhol nem precisei ir muito longe, porque é a língua mais falada entre nossos vizinhos. O país que escolhi para poder conhecer um pouco mais sobre a cultura hispânica, e claro, hablar mucho foi o Chile.


Quando cheguei a Santiago comecei a reconhecer a importância de se viajar para conhecer um novo idioma. Acredito sim que podemos dominar outra língua sem ter estado em seu país de origem, porque hoje em dia há muitas ferramentas de aprendizado e interação, mas nada substitui o contato pessoal, e todas experiências que uma viagem pode proporcionar.
São inúmeros fatores que só podemos aprender e sentir viajando. A relação com os grandes nomes locais, por exemplo, é algo muito interessante. Quando visitamos um país natal de um artista ou personalidade que admiramos nos sentimos mais próximos de sua obra, o que é uma sensação maravilhosa. No caso do Chile tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história de dois ícones da cultura mundial Violeta Parra e Pablo Neruda.

Viajando você tem oportunidade também de conhecer expressões que são muito usadas na linguagem oral, e que, no entanto, não encontramos nos livros didáticos. Seguem abaixo alguns exemplos que ouvi no Chile:

“Carretear” que significar ir pra balada, “pololeo” que significa namoro, “Comi hasta quedar triste”, que é usada quando você exagera nas refeições. “Fome” que se significa algo muito chato, e “weon “ e ”weas” que funciona como o trem dos mineiros. Uma peculiaridade que me chamou atenção nos chilenos é a forma como eles interagem quando alguém espirra: aqui dizemos “Saúde” independentemente da quantidade de vezes que a pessoa espirra. Lá se você espirra três vezes seguidas na primeira vez eles dizem: “Salud”, na segunda, “Dinero” e na terceira vez “Amor”, ou seja, o pacote completo.

Além das questões lingüísticas há diversos outros aspectos culturais que podemos apreciar viajando, como a música local, e as comidas típicas. No Chile utilizam muito o abacate nos pratos. Inclusive no cachorro quente deles que se chama completo. Parece uma combinação estranha a primeira vista, mas até que é bem saboroso...