terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mea Culpa?


Depois da morte de Amy há exatos 30 dias, o mundo inteiro discutiu sobre o abuso de drogas entre os artistas e entre pessoas comuns também. Quando soube da morte dela não posso dizer que fiquei surpreendida, a palavra mais apropriada seria triste. E depois começei a pensar sobre toda a situação: Foi justamente falando sobre suas aflições pessoais, seus vícios, que acabariam ocasionando sua morte prematura, que ela conseguiu fazer mais sucesso. Eu mesma achava engraçada a maneira como relatava isso nas músicas. No fundo sempre imaginava que ela ia superar essa fase um dia e continuaria encantado a todos com sua voz marcante. Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu. Muito se falou sobre a maldição dos 27 anos e sobre os excessos cometidos pela cantora ao longo de sua curta vida. Mas pouco foi dito sobre a relação de Amy com a mídia. E se agente for pensar bem muita gente lucrou e não fez nenhum esforço pra que ela superasse seus vícios e pudesse recuperar sua vida e carreira: Os jornais sensacionalistas, principalmente em seu país Inglaterra, que chegaram até anunciar sua morte em 2009, a gravadora, os produtores dos shows que sabiam que ela não tinha a menor condição de cantar, mas insistiam em preencher sua agenda. Parece que pra essas pessoas quanto tempo de vida Amy ainda tinha não fazia a menor diferença, mas sim quanto dinheiro ela ainda podia render...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Montanhas de Minas


Quando olho para as montanhas
que cercam nossa cidade sinto
uma paz, uma tranquilidade,
uma alegria de ser mineiro.
É muito bom olhar para o
horizonte e ver o sol nascendo,
entrando suavemente pelo aconchego
das montanhas...
Estudiosos afirmam que essa questão
geográfica pode ser um fator que
influencia nosso comportamento:
nos torna mais acanhados, mais
centrados e mais acolhedores também,
o famoso jeitinho mineiro de ser.
Não sei se essa peculiaridade
do nosso relevo exerce alguma
influência sobre nós mas
pensando bem faz sentido...

sábado, 12 de março de 2011

Um Rei simplesmente mortal


Sempre ouvimos falar que o ser humano não nasceu para viver sozinho e que para sermos felizes precisamos compartilhar nossa vida com os outros. A história relatada no grande vencedor do Oscar desse ano, O Discurso do Rei, mostra que precisamos do outro também para vencer. O filme gira em torno do esforço do futuro rei George VI em superar um obstáculo que impedia sua auto afirmação: a gagueira. Depois de muitas tentativas fracassadas o herdeiro do trono encontra a pessoa que pode ajudá-lo de verdade na figura de um homem simples, que nem formação adequada possuía, mas que conseguiu fazer o Rei se assumir como Tal, o fazendo encarar seus problemas, suas limitações e seus traumas de frente. Lionel se torna muito mais do que um médico pessoal ou conselheiro, se torna amigo do Rei.
A imagem da monarquia foi ao longo dos séculos associada à figuras fortes e que aparentemente demonstravam não ter sentimentos "inferiores" como medo, fraqueza, insegurança, solidão, essas coisas que parecem que só meros mortais podem sentir. O filme mostra de maneira brilhante esse lado humano dos reis.
Os dilemas vividos pelo Rei George acontecem na vida de milhares de pessoas em todo o mundo, quantas vezes também não nos sentimos incapazes? Vivemos numa sociedade que está sempre nos cobrando, temos que alcançar sucesso em todas as áreas da vida se não uma hora ou outra seremos cobrados. E muitas vezes, apesar de termos o sonho de assumir um papel importante que nos dê orgulho, nos sentimos travados pelas nossas próprias limitações e acabamos nos acomodando. Para que isso não aconteça é fundamental que assim como o Rei George, agente tenha coragem para seguir em frente mesmo com as adversidades. A presença de um amigo nessas horas é essencial para que não esqueçamos que somos capazes.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Revolução dos Blogs


O ano de 2011 começou com uma grande efervência em países cuja população viveu aprisionada durante décadas por ditaduras. A queda de Mubarak no Egito serviu como combustível pra disseminar revoltas em várias nações do Oriente Médio, como o Irã e a Líbia. Além de incentivar outras revoltas, o exemplo do Egito serviu para levantar questionamentos. O que aconteceu para que a população desses países resolvesse se rebelar assim repentinamente? Será que somente agora em 2011 é que o povo do Egito e demais países sentiram a necessidade de se manifestar contra a opressão imposta ou somente agora sua voz pode finalmente ser ouvida? Os meios de comunicação nesses países sempre foram controlados pelos governos, mas esse tipo de censura comum em todo regime ditatorial, está cada vez menos eficiente. É fato e ninguém nega a importância das redes sociais no advento dessas revoluções.
A internet tem o poder de fazer com que pessoas que antes jamais teriam voz promovam ações que podem transformar a realidade até mesmo de um país. Como qualquer veículo de comunicação, a internet pode ser usada tanto para promover ações positivas como também para incitar a violência, o preconceito entre outras atitudes negativas. É claro que nem todos a usam de forma adequada e de maneira ética, mas sem dúvida, no século 21, as revoluções estarão cada vez mais conectadas à Rede.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jonh tinha razão?


"A vida é o que acontece, enquanto você está ocupado fazendo outros planos"... Quando ouvi essa famosa frase do eterno Beatle Jonh Lennon, começei a refletir e pensar como ela se encaixa perfeitamente pra mim. Tenho esse "mania" de planejar demais as coisas na minha vida: Minha carreira profissional, os relacionamentos, o que eu vou fazer durante o dia, durante a semana... Mesmo sabendo que a vida não é um filme onde existe roteiro, me pego, muitas vezes até sem querer, fazendo os tais planos.
E nesse começo de ano então, acho que nenhum de nós escapa dessa onda de idealizar o futuro: Vou começar um regime, vou fazer aquela viagem esperada há tempos, vou fazer um curso que planejo há tempos, vou juntar grana pra ir naquele show daquela banda especial que vai estar no Brasil, vou procurar um emprego melhor, enfim a lista de metas é enorme.
Acho que esse entusiasmo de começo de ano, pode fazer bem. Claro que viver a vida só planejando é pura perda de tempo, como bem nos alertou Jonh, mas esse ânimo novo que toma conta de nossas vidas nos meses de dezembro e janeiro, pode ser muito positivo. Quando começa um ano novo parece que surge uma nova chance de fazer as algumas coisas de maneira diferente, às vezes fazer tudo diferente: começar do zero mesmo, aprender com os erros do passado e recomeçar com novas atitudes. Claro que esse sentimento não precisa acontecer apenas nessa época do ano, mas parece que nesse período tudo soa mais fácil. Só não podemos esquecer que o tempo passa bem rápido e se formos adiando demais daqui a pouco mais um ano passa e nossa vida continua na mesma e nós acabamos mais uma vez só planejando muito e vivendo pouco...