quinta-feira, 31 de maio de 2012

Novas Mídias

Às vezes me perguntam como eu, escritor e roteirista,
reajo ao poder das novas tecnologias que transformaram
o mundo da palavra escrita.

Eu me divirto inventando uma história em que em meados do
século 19 alguém pergunta a Gustave Flaubert, grande escritor,
se a substituição da pena de ganso pelas canetas com pena de
metal mudou a literatura francesa. E faço Flaubert responder:

Acho que não, mas mudou a vida dos gansos...


Jean - Claude Carrière

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Vampiro de Curitiba

Imagino que todo artista, independente da categoria, sonha em ter seu trabalho reconhecido e premiado. O momento do merecido aplauso deve ser aguardado com ansiedade, sempre pensei, até ouvir falar de Dalton Trevisan, escritor curitibano ganhador do prêmio Camões de Literatura desse ano. Grandes nomes como o de Jorge Amado, Lygia Fagundes Teles, Ferreira Gullar, entre outros, já foram honrados com o prêmio, mas nem mesmo a grandeza da premiação fez com que Trevisan, que completa 87 anos no próximo dia 14, abrisse uma exceção: Não concedeu sequer uma entrevista, para tristeza dos jornalistas que inutilmente tentaram.




Nesse momento atual em que vivemos o Império da Imagem, tudo que Dalton menos quer é aparecer. Um dos seus mais conhecidos livros é " O Vampiro de Curitiba", que acabou se tornando também seu codinome devido a sua vida extremamente reclusa. Pra se ter uma ideia a sua última foto data de 1972, isso mesmo, já se passam 40 anos desde seu último registro fotográfico oficial, algo inimaginável para nossos dias.